Num dia de primavera, em um passeio pelo Sítio Amarelo, provar essa suculenta dádiva nativa é praticamente obrigatório. O caju-do-cerrado (Anacardium humile) é rico em vitamina C, fibras e compostos antioxidantes, o que o associa à prevenção de doenças crônico-degenerativas, como câncer e diabetes. A castanha apresenta vitaminas B1 e B2, proteínas, lipídeos, niacina, fósforo e ferro. Para completar a lista de benefícios oferecidos, quando fermentado, o fruto fornece uma espécie de aguardente conhecida pelos índios como cauim.
As flores dos cajueiros são hermafroditas e unissexuais. As masculinas aparecem no início da floração e as femininas, no fim. A floração é polinizada por abelhas e vespas, dando origem aos frutos, que surgem em agosto ou setembro.
Bastante consumido por animais silvestres, o cajuzinho-do-cerrado encontra na fauna do bioma aliados ideais para ajudar na disseminação das sementes. A espécie tem excelente capacidade de germinação, mas é bastante suscetível à ação do homem e do fogo, o que a deixa ameaçada de extinção.
Portanto, colha, prove e plante!
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Sapindales
Família: Anacardiaceae
Género: Anacardium
Espécie: A. humile
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
Nada se perde. Tudo se reaproveita
Quando iniciamos o projeto da construção da sede do Sítio Amarelo, estabelecemos que recorreríamos ao máximo possível de materiais reaproveitados. Além de optar pelo uso de técnicas sustentáveis, como o adobe e o superadobe, realizamos incansáveis buscas por contêiners em canteiros de obras, onde encontramos valiosas peças.
Nesta publicação, mostraremos alguns exemplos de reuso de materiais – a boa e velha reciclagem –, que nos renderam uma bela economia na construção da casa.
Na foto acima, os vidros que compõem a fachada foram retirados do descarte de obras de reforma em apartamentos de Brasília. Cortamos as peças nos tamanhos ideis e montamos a estrutura que ajuda a reduzir a chuva na varanda.
As seis portas que utilizamos na casa também foram todas retiradas de outras obras. No caso da peça que dá acesso à sala (na foto acima), foi realizado um corte – um pouco acima da linha de centro – de forma a realizar a abertura e o fechamento em dois tempos: a parte de baixo pode ficar fechada, enquanto a de cima permanece aberta. O mecanismo é ideal para dias de muito vento, sem perda na luminosidade. As janelas da casa, que têm manilhas de concreto como estrutura, foram fechadas com peças de madeira, reaproveitadas de cabines de elevadores. A reforma em um condomínio residencial em Brasília descartou o material, feito de um tipo de compensado bastante compactado e resistente. Levamos as chapas de madeira até o marceneiro local. Com a ajuda da serra tico-tico, ele recortou os círculos para serem usados como janelas. Nas aberturas menores, de forma provisória, utilizamos antigos discos de vinil. Afinal, somos da roça, mas somos modernos. Por aqui, som só no MP3. A nossa odisseia pela reciclagem também invadiu a cozinha. A pia da sede do Sítio Amarelo também foi retirada de um contêiner e perfeitamente adaptada ao novo espaço. No banheiro, para fazer o revestimento do piso e das paredes, utilizamos restos de peças cerâmicas, encontrados em canteiros de obras ou em lojas de materiais de construção. Os rodapés em toda a casa também foram feitos desse material. A pedra que serve de balcão para a pia foi retirada de um contêiner. Realizados alguns cortes nos cantos e estava novamente pronta para o uso. A economia decorrente dessa estratégia de reuso de materiais é significativa, especialmente na fase de acabamento da construção, sabidamente a etapa mais dispendiosa de uma obra. Em termos ecológicos, também se dá uma generosa contribuição, pois poupa recursos e emagrece os lixões. E nessa de brincar com materiais diversos, aparentemente já sem utilidade, pode-se até chegar a resultados artísticos, como essa parede de adobe musicalmente decorada. É vida que segue na melodia e ao ritmo natural... A lição do dia: nada se perde, tudo se reaproveita.quarta-feira, 25 de abril de 2012
Como vovó já fazia
À beira do fogão à lenha, o tempo transcorre ao ritmo natural. É preciso colher os galhos, alimentar a chama e aguardar o calor forjar os frutos da terra ao paladar. Por vezes, a fumaça irrita os olhos, mas a espera por uma refeição de sabor único compensa o esforço.
Tijolo por tijolo (de 21 furos é uma boa opção), a estrutura ganha forma: vai abrigar forno, a chapa do fogareiro, além de compartimentos para cinzas e lenha. Quem tiver interesse em receber um manual com um modelo interesssante de fogão caipira, envie-nos um e-mail com a solicitação.
No Sítio Amarelo, fizemos a divisão dos compartimentos utilizando a técnica do superadobe – uma improvisação necessária, na falta de material mais comumente utilizado nesse tipo de serviço, mas que funcionou bem. Às vezes, um pouco de jazz cai bem nas construções.
A colocação da laje é um momento importante e delicado na construção do fogão caipira. O trabalho exige atenção na armação dos ferros e na confecção da massa, que suportarão o peso incidente sobre a estrutura.
Com o fogão finalizado, recorremos ao nosso estoque de cerâmicas para fazer o revestimento. Todas as peças utilizadas foram reaproveitadas de restos de obras. Um serralheiro da região confeccionou as tampas dos compartimentos e a válvula da chaminé.
E está servida a primeira refeição do fogão caipira do Sítio Amarelo. Um vizinho nos deu uma importante dica que reproduzimos aos menos experientes no uso do equipamento: "a lenha deve ser posicionada de forma cruzada, facilitando a passagem do ar para alimentar a chama. Gravetos e alguns jornais, por baixo dos galhos maiores, ajudarão a acender o fogo mais facilmente. E, na hora de utilizar o forno, a válvula da chaminé deve estar fechada".
Nas noites de lua cheia, dá para se aquecer à beira do fogão, tomando
um bom chá e curtindo a vista.
Tijolo por tijolo (de 21 furos é uma boa opção), a estrutura ganha forma: vai abrigar forno, a chapa do fogareiro, além de compartimentos para cinzas e lenha. Quem tiver interesse em receber um manual com um modelo interesssante de fogão caipira, envie-nos um e-mail com a solicitação.
No Sítio Amarelo, fizemos a divisão dos compartimentos utilizando a técnica do superadobe – uma improvisação necessária, na falta de material mais comumente utilizado nesse tipo de serviço, mas que funcionou bem. Às vezes, um pouco de jazz cai bem nas construções.
A colocação da laje é um momento importante e delicado na construção do fogão caipira. O trabalho exige atenção na armação dos ferros e na confecção da massa, que suportarão o peso incidente sobre a estrutura.
Com o fogão finalizado, recorremos ao nosso estoque de cerâmicas para fazer o revestimento. Todas as peças utilizadas foram reaproveitadas de restos de obras. Um serralheiro da região confeccionou as tampas dos compartimentos e a válvula da chaminé.
E está servida a primeira refeição do fogão caipira do Sítio Amarelo. Um vizinho nos deu uma importante dica que reproduzimos aos menos experientes no uso do equipamento: "a lenha deve ser posicionada de forma cruzada, facilitando a passagem do ar para alimentar a chama. Gravetos e alguns jornais, por baixo dos galhos maiores, ajudarão a acender o fogo mais facilmente. E, na hora de utilizar o forno, a válvula da chaminé deve estar fechada".
Nas noites de lua cheia, dá para se aquecer à beira do fogão, tomando
um bom chá e curtindo a vista.
terça-feira, 10 de abril de 2012
Essa realidade precisa mudar




Materiais eletrônicos, que em princípio devem ter um descarte adequado e criterioso, pois contêm substâncias tóxicas e cancerígenas, também são dispensados no lixão, sem qualquer cuidado especial.
Nesta quarta-feira (11/4/2012), parlamentares em Brasília lançam uma frente pelo incentivo à reciclagem. Boa iniciativa, que precisa superar o campo das intenções e se transformar em medidas práticas e reais. O país está em ano eleitoral para a escolha de novos prefeitos e vereados. É urgente que os gestores públicos se atenham a esse tema. Pelo bem do Brasil e do planeta, a população precisa exigir ações eficazes nessa área.
terça-feira, 13 de março de 2012
Investimento em bambu é líquido e certo





quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
Fruto bom do Cerrado

Aos fãs da especiaria, vale destacar que o pequi não deve ser colhido dos galhos, pois ainda não estão maduros. Apenas os frutos caídos no chão já estão prontos para o consumo.

Do pequi, é possível extrair o óleo, a castanha e produzir medicamentos. A utilização medicinal do fruto se dá como afrodisíaco e no tratamento de problemas respiratórios. As folhas da árvore são adstringentes e estimulam o funcionamento do fígado.
Na culinária, uma das receitas mais conhecidas é o tradicional arroz com pequi, que provamos bastante a cada fim de expediente na construção da sede do Sítio Amarelo. Estão todos servidos?
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
Banheiro se faz assim



terça-feira, 17 de janeiro de 2012
Uma ilustre e bela visitante




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