segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Banheiro se faz assim

Chegamos à fase de acabamentos e, evidentemente, já não resta dinheiro algum para continuar a obra. A estratégia, então – econômica e ambientalmente viável nessa etapa –, é apelar à criatividade e ao reaproveitamento de materiais. O banheiro da sede do Sítio Amarelo foi todo revestido com peças cerâmicas que sobraram de outras obras.


Com habilidade e paciência, o construtor esculpiu o piso e as paredes como um mosaico de cacos de cerâmica multicoloridos. Dessa forma, obtém-se um resultado único e artístico.


A pedra de mármore que sustenta a pia também foi reaproveitada de uma reforma e retirada diretamente de um contêiner. Lapidamos os cantos e conseguimos uma peça perfeita para o nosso objetivo. A cuba elipse era a última em uma loja e saiu por um precinho promocional. O sanitário usa o sistema de descarga econômica, com opção para fluxos d'água de 3 ou 6 litros.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Uma ilustre e bela visitante

As obras da sede do Sítio Amarelo estão praticamente concluídas, restando apenas a pintura e a instalação de portas e janelas. Por isso, iniciamos os trabalhos de recuperação de alguns móveis que nos foram generosamente doados, mas estavam guardados em um depósito improvisado, coberto por lonas. Quando nos preparávamos para retirar um pequeno armário, vejam só quem estava debaixo.


Desde o início da movimentação, já prevíamos que algo parecido poderia acontecer (como, de fato, ocorreu). Mantivemos a calma, apreciamos a beleza insinuante da serpente (algum leitor do blog arriscaria a identificação da espécie?) e pedimos gentimente para que ela procurasse outro abrigo.


Seguindo à risca nossa política de absoluto respeito à vida selvagem, com a ajuda de uma vara de bambu, levamos a cobra até um lugar seguro, em um ponto mais afastado da casa.


Ao contrário do que o senso comum proclama, as serpentes não são traçoeiras ou relacionadas ao pecado. Algumas culturas até as admiram como símbolos da sabedoria. Seja como for, o fato concreto é que esses seres exercem funções importantes no equilíbrio ecológico. Por isso, no Sítio Amarelo, não matamos as cobras, mas mostramos (e plantamos) o bambu.