sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Quando o Cerrado arde

O cenário entristece... O mês de setembro costuma trazer o ápice da seca ao Cerrado. O tempo quente e a baixa umidade do ar formam a combinação ideal para os incêndios florestais. Rico em biodiversidade, o Cerrado tem inúmeras espécies ameaçadas de extinção. O avanço famigerado das monoculturas de soja e as recorrentes queimadas estão entre as principais ameaças.
Em setembro de 2012, após um longo período sem incêndios, os arredores do Sítio Amarelo foram surpreendidos com uma grande queimada. A fumaça perturbava a paisagem e transtornava narinas e olhos. Pássaros sobrevoavam áreas dos antigos ninhos, num esforço comovente e vão para salvar os filhotes. Ainda à noite, no horizonte, as labaredas flamejantes traziam lembranças do inferno para a terra. O horror estava entre nós...
Sem equipamentos adequados, a equipe do Sítio Amarelo e alguns vizinhos pelejaram por árduas horas para evitar um prejuízo ainda maior. No fim, as chamas foram contidas...

Na temporada 2013, as chuvas apareceram mais cedo do que no ano passado, amenizando os rigores de setembro. Pelo visto, não teremos tanto trabalho (ainda bem...). Por precaução, no entanto, ainda em julho, quando inicia o período da seca, o Sítio Amarelo adquiriu alguns abafadores. As peças são produzidas a partir da reciclagem de pneus e fixadas em cabos de madeira. Os furos no material emborrachado servem para evitar que uma coluna de fogo seja lançada para os lados no momento do combate às chamas.
Os equipamentos estão de prontidão, mas esperamos que o uso seja mínimo...