À beira do fogão à lenha, o tempo transcorre ao ritmo natural. É preciso colher os galhos, alimentar a chama e aguardar o calor forjar os frutos da terra ao paladar. Por vezes, a fumaça irrita os olhos, mas a espera por uma refeição de sabor único compensa o esforço.
Tijolo por tijolo (de 21 furos é uma boa opção), a estrutura ganha forma: vai abrigar forno, a chapa do fogareiro, além de compartimentos para cinzas e lenha. Quem tiver interesse em receber um manual com um modelo interesssante de fogão caipira, envie-nos um e-mail com a solicitação.
No Sítio Amarelo, fizemos a divisão dos compartimentos utilizando a técnica do superadobe – uma improvisação necessária, na falta de material mais comumente utilizado nesse tipo de serviço, mas que funcionou bem. Às vezes, um pouco de jazz cai bem nas construções.
A colocação da laje é um momento importante e delicado na construção do fogão caipira. O trabalho exige atenção na armação dos ferros e na confecção da massa, que suportarão o peso incidente sobre a estrutura.
Com o fogão finalizado, recorremos ao nosso estoque de cerâmicas para fazer o revestimento. Todas as peças utilizadas foram reaproveitadas de restos de obras. Um serralheiro da região confeccionou as tampas dos compartimentos e a válvula da chaminé.
E está servida a primeira refeição do fogão caipira do Sítio Amarelo. Um vizinho nos deu uma importante dica que reproduzimos aos menos experientes no uso do equipamento: "a lenha deve ser posicionada de forma cruzada, facilitando a passagem do ar para alimentar a chama. Gravetos e alguns jornais, por baixo dos galhos maiores, ajudarão a acender o fogo mais facilmente. E, na hora de utilizar o forno, a válvula da chaminé deve estar fechada".
Nas noites de lua cheia, dá para se aquecer à beira do fogão, tomando
um bom chá e curtindo a vista.
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