Nesta publicação, mostraremos alguns exemplos de reuso de materiais – a boa e velha reciclagem –, que nos renderam uma bela economia na construção da casa.
Na foto acima, os vidros que compõem a fachada foram retirados do descarte de obras de reforma em apartamentos de Brasília. Cortamos as peças nos tamanhos ideis e montamos a estrutura que ajuda a reduzir a chuva na varanda.
As seis portas que utilizamos na casa também foram todas retiradas de outras obras. No caso da peça que dá acesso à sala (na foto acima), foi realizado um corte – um pouco acima da linha de centro – de forma a realizar a abertura e o fechamento em dois tempos: a parte de baixo pode ficar fechada, enquanto a de cima permanece aberta. O mecanismo é ideal para dias de muito vento, sem perda na luminosidade. As janelas da casa, que têm manilhas de concreto como estrutura, foram fechadas com peças de madeira, reaproveitadas de cabines de elevadores. A reforma em um condomínio residencial em Brasília descartou o material, feito de um tipo de compensado bastante compactado e resistente. Levamos as chapas de madeira até o marceneiro local. Com a ajuda da serra tico-tico, ele recortou os círculos para serem usados como janelas. Nas aberturas menores, de forma provisória, utilizamos antigos discos de vinil. Afinal, somos da roça, mas somos modernos. Por aqui, som só no MP3. A nossa odisseia pela reciclagem também invadiu a cozinha. A pia da sede do Sítio Amarelo também foi retirada de um contêiner e perfeitamente adaptada ao novo espaço. No banheiro, para fazer o revestimento do piso e das paredes, utilizamos restos de peças cerâmicas, encontrados em canteiros de obras ou em lojas de materiais de construção. Os rodapés em toda a casa também foram feitos desse material. A pedra que serve de balcão para a pia foi retirada de um contêiner. Realizados alguns cortes nos cantos e estava novamente pronta para o uso. A economia decorrente dessa estratégia de reuso de materiais é significativa, especialmente na fase de acabamento da construção, sabidamente a etapa mais dispendiosa de uma obra. Em termos ecológicos, também se dá uma generosa contribuição, pois poupa recursos e emagrece os lixões. E nessa de brincar com materiais diversos, aparentemente já sem utilidade, pode-se até chegar a resultados artísticos, como essa parede de adobe musicalmente decorada. É vida que segue na melodia e ao ritmo natural... A lição do dia: nada se perde, tudo se reaproveita.
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