sexta-feira, 20 de março de 2015

O galinheiro e o espetacular lobo-guará

Quem tem roça precisa de galinheiro. Esse espaço fascinante oferece produtos indispensáveis para uma boa vida no campo: alimentos e adubo. As aves trabalham ainda na limpeza do terreno, eliminando parte da vegetação rasteira e diversos insetos.

No Sítio Amarelo, a atividade com galinhas começou em julho de 2012. De lá pra cá, a experiência evoluiu bastante, com alguns obstáculos superados e um incremento constante da produtividade. O início foi tímido e precário. Eram apenas cinco aves e um pequeno cercado perto da casa, com o objetivo principal de eliminar o mato.

No entanto, não demorou muito para o primeiro desafio se apresentar. Numa região privilegiada, com bastante Cerrado ainda preservado, a fauna nativa está sempre por perto. Um lobo-guará logo acabou atraído pelas apetitosas aves. Certa noite, com a ajuda de um arbusto, o bicho escalou a cerca do pequeno galinheiro e passou para dentro. As galinhas se agitaram. O dono da casa pegou uma lanterna e, sem saber o que acontecia, foi dar uma olhada. No quintal mal iluminado, viu um animal grande, peludo e dourado. Entre os dentes, carregava o coitado do Melodia (era esse o nome do galo).

O homem começou a esbravejar. O lobo-guará se assustou e correu de um lado para o outro, batendo de cabeça, com violência, contra a tela de arame. Era uma cena selvagem e espetacular. Na terceira tentativa, o bicho arrebentou a cerca e fugiu. A uma certa distância, parou e olhou para trás, talvez pensando em recuperar a ave abatida. O dono da casa gritou mais uma vez e o animal se refugiou na escuridão da mata.

Estava evidente que o galinheiro precisaria passar por sérios ajustes, caso se desejasse algum retorno produtivo. Uma nova área foi delimitada: maior e mais distante da casa – como deve ser. A cerca ganhou reforço, com uma tela reforçada na parte inferior. Usando estacas de bambu, barro e telhas de papelão reciclado, construiu-se o indispensável abrigo para as aves. Finalmente, nascia um galinheiro minimamente digno e respeitável.

O lobo deixou de ser problema. Uma vez ou duas, foi visto rondando a cerca, espiando as galinhas, mas não mais invadiu o espaço. Outros animais menores, no entanto, passaram a incomodar. Primeiro, o lagarto tiú (ou teiú), um voraz devorador de ovos. Mas pedras e galhos vedando bem o pé do cercado se mostraram uma solução satisfatória para afastar o réptil. Contudo, gaviões e alguns gambás ainda provocam certo prejuízo. Num sistema que se pretende orgânico, não tem jeito: 10% fica com a natureza. O restante é lucro!

3 comentários:

  1. Olá! Procurei por um e-mail de contato no seu perfil, mas não o encontrei. Assim optei por postar aqui minha msg, espero que não se importe. Li o post http://sitioamarelo.blogspot.com.br/2012/12/a-sexualidade-do-caju-do-cerrado.html, e gostaria de saber se vc dispõe de sementes desta variedade para venda. DEsde já, agradeço, e fico no aguardo. Cassio

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    1. Olá, Cassio!!! Tudo bem?!?!
      Temos várias sementes do caju-do-cerrado, que brotam com extrema facilidade. Envie-nos um e-mail (amarelositio@gmail.com) para que possamos combinar um envio.
      Obrigado pela visita!

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  2. Muito boa postagem. Em meu sítio tb tive problemas com predadores, mas prefiro dividir um pouco com eles. Uma suçuarana já acabou com o meu galinheiro. Agora refiz com maior segurança. O teiú já atacou esses dias. Um abraço. Walter de Uberlândia.

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