Os trabalhos seguem em ritmo intenso e, nas últimas semanas, a construção da sede do Sítio Amarelo entrou definitivamente na reta final, com a fase de acabamentos. Durante as atividades recentes, no entanto, surgiram novidades, como a obra do Anexo I.
A nova construção usa basicamente duas tecnologias sustentáveis: o adobe (tijolos de terra crua) e o superadobe (terra compactada em bombinas de ráfia). Dessa forma, evitamos a derrubada de florestas para a produção de lenha que seria usada na fabricação de tijolos cozidos.
A princípio, a ideia era utilizar o espaço como um depósito para ferramentas e outros objetos. Mas o bioconstrutor Geraldo Bertelli caprichou tanto no serviço que já estamos pensando em transformar a nova construção em um chalé para hóspedes ou outros usos. Diante da indefinição, ganhou o singelo apelido de Anexo I. Em breve, voltaremos com mais detalhes sobre essa obra.
Outra boa notícia fica por conta da construção do nosso fogão à lenha. No caso dessa obra, fomos obrigados a utilizar tijolos cozidos, como forma de garantir a resistência do artefato diante do calor gerado pela peça em funcionamento.
De qualquer forma, foi possível introduzir técnicas da construção natural no fogão caipira. A divisão dos compartimentos da peça foi realizada com a aplicação de pequenas paredes de superadobe.
O piso da casa-mãe também já foi finalizado, utilizando a técnica conhecida como cimento queimado. O resultado apresenta um certo aspecto rústico, mas tem baixo custo e é bastante eficiente quanto à manutenção.
A cozinha recebeu a instalação da pia. A peça foi reaproveitada após o descarte realizado em uma reforma de apartamento em Brasília. No Sítio Amarelo, levamos a sério os conceitos de reciclagem.
A pintura da casa-mãe também começa a se desenhar. Após a retirada dos sacos de superadobe, por meio da queima com uso de maçarico, as paredes externas foram rebocadas e receberam uma primeira demão de tintura à base de cal e cola. O próximo passo será estabelecer um desenho criativo para as fachadas. Amigos artistas, sintam-se convidados para a tarefa...
Calhas para a captação de água da chuva foram instaladas ao redor de toda a casa. O recurso será usado para abastecer reservatórios, que entrarão em uso durante o longo período de estiagem no Cerrado.
Por fim, a fachada frontal ganhou uma proteção de vidros na parte superior, como forma de diminuir a entrada de chuva na varanda. Mais uma vez, utilizamos peças retiradas de reformas de imóveis em Brasília. Essa estratégia tem nos ajudado a reduzir diversos custos.
Por ora, é isso! Demos uma pincelada geral para mostrar como seguem os trabalhos no Sítio Amarelo e, em breve, voltaremos com mais novidades em detalhes. Até logo e feliz 2012 para todos!